Concepções sobre sociologia urbana
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Concepções sobre sociologia urbana
A urbanização no mundo atual é um fato empírico. Conforme Durkheim, as cidades têm como principal função servir como mercados, onde a venda e compra de mercadorias acontece fluentemente. Hoje temos o sistema capitalista que vigora, tendo uma de suas propriedades fundamentais a necessidade de comércio. Logo, essa urbanização mundial é justificada. A cidade tornou-se o foco central das atividades econômicas, políticas, sociais, culturais, sendo de marcante influência na sociedade atual. A história da cidade, particularmente sob o capitalismo, demonstra que ela ganhou e perdeu várias funções ao longo de seu desenvolvimento. Até o século XIX, a cidade viveu para o campo, sendo um espaço de comércio do que se produzia no meio rural. Depois, com a industrialização, tornou-se um lugar onde ocorria a concentração de atividades fabris. As cidades brasileiras são resultados de um processo longo iniciado com a implantação dos primeiros assentamentos coloniais no território. A partir do século XIX, há uma intensificação da urbanização do território brasileiro. Um desses fenômenos ocorre através do surgimento das vilas operárias em São Paulo e Rio de Janeiro. Com a chegada do final do século XIX é imposto que as casas devem ter divisões e cada pessoa sua própria cama. O que era odor de perigo de doenças torna-se puramente odor de miséria. E do desejo de tornar o pobre inodoro, surge a possibilidade de construir a idéia de trabalhador comportado e produtivo. Foi assim que surge as idéias de vila operária. A classe operária é vista com instintos incontroláveis, assimilado a cheiros fortes e a uma sexualidade instintiva. O objetivo é ensinar a esse pobre hábitos “racionais” de comer, vestir-se, de morar ou de divertir-se. A burguesia pretendia “fabricar” indivíduos asseados e automaticamente bons trabalhadores. Logo surge a idéia da