Análise antropológica do filme: “arquitetura da destruição”
Departamento de Antropologia
Análise antropológica do filme: “Arquitetura da destruição”
O filme “Arquitetura da destruição” retrata a caminhada de Hitler desde a sua chegada ao poder político, até o seu suicídio, após a Segunda Guerra Mundial. Porém, diferentemente de outros filmes que eu já vi, apresenta Hitler como um grande arquiteto e admirador das artes e das belezas do mundo. Um homem que não apresentava limites para impor o que achava que deveria ser o correto e o bonito. E arquitetando o mundo conforme sua forma de ver as coisas, criou o nazismo e conseguiu que toda uma sociedade acreditasse e condissesse com seus ideais de beleza e estereótipo. O nazismo tinha como princípio fundamental embelezar o mundo – a partir do que significava beleza para Hitler- nem que para isso tivesse que matar os que não pertenciam ao perfil desejado. Todas as sociedades apresentam em suas estruturas o fenômeno do dualismo, como o feio e o bonito, o bom e o mal etc... Na sociedade alemã da época da Segunda Guerra Mundial, Hitler – e no caso pode-se lembrar Weber e a dominação carismática – é quem conseguiu através do seu carisma, utilizando-se do Nazismo, impor para todos os alemães que, primeiramente os ‘deficientes físicos’ e depois os judeus, eram os outsiders – ou seja, os de fora, os que não fazem parte - da sociedade. O líder nazista até sonhou em tornar-se artista, tendo produzido várias gravuras, que posteriormente foram utilizadas como modelo em obras arquitetônicas. Hitler tinha fascinação por obras da antiguidade clássica, acreditando que as obras da época moderna não eram dignas de serem consideradas como obras de arte, acreditando que essas obras eram inferiores. Para os nazistas, as obras modernas distorciam o valor humano e na verdade representavam as deformações genéticas existentes na sociedade. Em oposição, defendia o ideal de beleza alemão ariano como sinônimo de saúde e consequentemente era