Concepções estéticas

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ARTE E REALIDADE: IMITAÇÃO E REPRESENTAÇÃO

Cada época, cada cultura, tem o seu padrão de beleza próprio. Já houve até quem dissesse que "gordura é formosura". Da mesma forma, as manifestações artísticas têm sido bastante diversas e, por vezes, até desconcertantes no curso da história. Essa diversidade se deve a vários fatores, que vão do político, social e econômico até os objetivos artísticos que cada época ou cultura tem se colocado.

Ao longo dos séculos, surgiram várias correntes estéticas que vieram a determinar não só as relações entre arte e realidade, porém, mais importante ainda, o estatuto e a função da obra de arte. Discutiremos aqui algumas dessas correntes mais importantes que marcaram a produção artística, sendo, por isso, fundamentais para a compreensão da história da arte.

CONCEITO DE NATURALISMO

O naturalismo constitui uma noção fundamental que marcou profundamente grande parte da arte ocidental: a arte grega antiga e, após uma interrupção durante a Idade Média, da arte renascentista até o final do século XIX.

O naturalismo, segundo Harold Osbome, pode ser definido como a ambição de colocar diante do observador uma semelhança convincente das aparências reais das coisas. A admiração pela obra de arte, nessa perspectiva, advém da habilidade do artista em fazer a obra parecer ser o que não é parecer ser a realidade e não a representação.

De acordo com a atitude naturalista, podemos distinguir algumas variações, dentre as quais as mais importantes são o realismo e o idealismo.

O realismo mostra o mundo como ele é, nem melhor nem pior. Já o idealismo retraía o mundo nas suas condições mais favoráveis. Na verdade, mostra o mundo como desejaríamos que fosse, melhorando e aperfeiçoando o real. E o padrão da arte grega, que não retraía pessoas reais, mas pessoas idealizadas. Foram os gregos que elaboraram a teoria das proporções do corpo humano.

Depois da Idade Média, a ruptura com a atitude naturalista ocorre na segunda metade do

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