Concepção ética de justiça
Resumo: Devido a uma constante e notória evolução que o ser humano, como ser dotado de razão, passa desde a sua gênese, em tempos remotos, até os dias atuais, estando atrelada, sobretudo, ao incontido progresso da mentalidade e de certas práticas e costumes, faz-se necessário analisar a Ciência Jurídica. Todavia, cumpre frisar que esse norte deve ser orientado por um ético, observando de maneira preponderante suas raízes, os principais a disporem do assunto e sua linha dogmática, a fim de compreender a importância desse elemento para o profissional do Direito. De igual modo, é pungente a avaliação análise de certos paradigmas considerados como inerentes e que estruturam o tema do presente artigo, sobretudo, discorrendo acerca da maciça distinção da ética da moral. Isto é, o agir ético pautado no reflexo do caráter de cada ser e a conduta moral, sendo fruto do respeito às normas que vigoram.
Palavras-Chaves: ética, justiça, evolução histórica, imperativo hipotético, imperativo categórico, Sócrates, Platão, Aristóteles, Espinosa e Immanuel Kant.
Sumário: I – Comento Inicial; II – Ética, Moral e Direito – Breves Comentários; III - Sócrates: Os Primórdios da Ética e da Moral; IV - Platão: O Ideal da Transcendência Ética; V – Aristóteles: O Estudo da Virtude e a Busca pela Felicidade; VI - Espinosa: A Ética Geométrica; VII – Immanuel Kant: A Boa Vontade como Essência Ética e VIII – Considerações Finais.
I – Comento Inicial:
A guisa de intróito, uma das características mais singulares e interessantes do ser humano está atrelada a sua evolução histórica, podendo ser vislumbrada como algo contínuo e nítido. Isto é, desde os primórdios, ainda quando descendiam do primata, a espécie Homo sapiens[1] sempre se caracterizou por constantes processos de evolução.
Isso refletiu tanto no pensamento vigente, como em certas verdades, que, em outrora, eram consideradas como dogmas e, conseguintemente, incontestáveis pela sociedade.