Concepção de progresso nazista
Wilham Verner Zilz1
Resumo
O objetivo desde artigo visa estabelecer qual era a concepção de progresso nazista, ou seja, qual o rumo que a humanidade teria que obter através de inúmeras retificações físicas ao ponto de alcançar uma perfeição estereotipada de aparência padronizada, calculada e exata.
Palavras-chave: Progresso Nazista – anti-semitismo - Judenfrage
2012
O fascínio de Hitler pelos ideais de beleza nórdica, pela antiguidade, assim como o estado romano e grego, principalmente o Espartano, tal qual achava o estado racial da humanidade como o mais puro que já existiu. Um de seus vários objetivos visava a unificação do mundo greco-romano com o germânico. Para Hitler, a Alemanha somente iria desenvolver o progresso quando readquirisse uma beleza e um padrão de sociedade semelhante ao desses antigos estados e quando finalmente conseguisse superá-los, provando sua teoria que a raça Ariana é a única que merece o titulo de “fundadora de cultura”, sendo eles quem iriam fornecer o “(...)formidável material de construção e os projetos para todo o progresso humano.” (Hitler, 1924, p. 189).
O anti-semitismo hitlerista teve suas raízes engendradas antes mesmo de ascender ao poder alemão, quando era apenas um artista, que se sustentava através da arte. Já observava a diferença entre as obras de artistas estrangeiros de povos considerados inferiores, por retratar nos desenhos curvas e estilos de artes que lembravam deficiências, assim como doenças e desgraças humanas, evidenciando a ausência de alma e falta de espiritualidade alheia.
Em tais casos, tratava-se, porém, de deslizes artísticos, aos quais a posteridade poderia dar um certo valor histórico, como prova não já de uma depravação artística mas de um desvio intelectual que chegará até à falta de espírito. Nisso já se podiam vislumbrar sintomas da ruína futura.
(Hitler, 1924, p. 169)