Como O Nacional Socialismo Se Relaciona Com Seu Pr Prio Tempo E Espa O
1275 palavras
6 páginas
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Departamento de História
Prof. Dr. Luís Edmundo de Souza Moraes
Disciplina: O Nazismo e a “Solução Final”:
Exclusão e Genocídio durante o Terceiro Reich (1933-1945)
Tatiane Santos de Souza - Mat: 201026036-6
Neste trabalho me proponho a pensar de que forma o Nacional-Socialismo se relaciona com seu próprio tempo e espaço, a partir de um projeto de sociedade que fora baseado em pensamentos racistas. Desse modo, o texto apresentará, primeiramente, um mapeamento das teorias racistas demostrando de que forma o meio social produziu meios legais, políticos e sociais para exercer o preconceito, seguido da aplicabilidade destas como um projeto formador de uma nova sociedade, por fim, explicitará como se deu o Nacional-socialismo em relação ao seu próprio tempo, os arranjos modernos e da modernidade que o permitiram, contrariando algumas interpretações que reconheciam as práticas nazistas como algo desconexo de seu próprio tempo, um desvio do processo histórico de progresso da humanidade.
O século XIX trouxera um desarranjo em relação à “descolagem” das pessoas de seus lugares hierárquicos e sociais, lugares que perduraram por séculos agora estavam mudando bruscamente. Dada essa inquietação desses desarranjos sociais, surgiu uma ciência que pretendera dar conta de uma explicação para tal acontecimento, uma explicação para as transformações das sociedades. Neste âmbito, Gobineau oferecera – segundo Arthur Herman1- um caminho explicativo para tais mudanças consideradas por ele subversivas a ordem mundial.
Gobineau, fora um pensador decadentista importante, pois deu corpo e explicação lógica a teoria racial, que, por conseguinte inspirou outros a reafirmá-la. Para ele, a degeneração humana estava na miscigenação advinda com a modernidade e seus avanços, e os verdadeiros valores espirituais das antigas civilizações teriam sido desprezados pelo homem moderno. Os antigos germânicos, segundo