Conceitos imagéticos
4.1 A imagem
A história da humanidade mostra que as imagens sempre foram meios expressivos, sejam esses individuais ou coletivos. Elas já estavam presentes nas gravuras realizadas pelos homens das cavernas, há milhares de anos, surgindo antes da escritura. A gruta de Lascaux, na França, possui uma grande diversidade de pinturas rupestres em suas paredes. Muitos estudiosos acreditam que essas possam ser as experiências gráficas pioneiras do ser humano, pois datam de 17.000 anos. No geral, trata-se de representações pictórias de cavalos, cabras selvagens, felinos, entre outros animais. Esses tipos de figuras, de acordo com Joly (2006), são exemplos dos primeiros meios de comunicação humana. Elas são consideradas imagens porque copiam, projetando visualmente as pessoas e os elementos do mundo real. Gelb (1973 apud JOLY, 2006, p. 17) afirmava que “Por toda parte no mundo o homem deixou vestígios de suas faculdades imaginativas sob a forma de desenhos, nas pedras, dos tempos mais remotos do paleolítico à época moderna”. Dessa forma, os objetivos imagéticos provêm de uma única natureza: a da representação. A imagem, logo, está nessa categoria por se assemelhar a alguma coisa. Se ela parece é porque ela não é o próprio objeto, tendo a função, segundo Joly (2006, p. 39), de evocar, utilizar o processo da semelhança para querer dizer outra coisa que não ela própria. “Se a imagem é percebida como representação, isso quer dizer que a imagem é percebida como signo” (Id. Ibid.). Em outra caracterização de representação, para Santaella e Nöth (2005, p. 15), o mundo das imagens vem a se dividir em dois domínios. Um é o domínio das imagens como representações visuais, que, nesse sentido, são signos representativos do nosso ambiente visual. É o caso das pinturas, gravuras, fotografias e desenhos. Já o segundo domínio, é o das representações mentais. As imagens são imateriais, visões, fantasias, aquelas produzidas em nossas