Conceitos em sociologia
A Sociologia, Antropologia e Ciência Política compõem as três clássicas áreas das Ciências Sociais, como segmento de influência nas Ciências Humanas. As três áreas citadas possuem em comum um foco e objeto de estudos: o ser humano em sociedade. O que faz a especificidade de cada uma destas ciências é a forma como elaboram sua abordagem científica, a partir do recorte epistemológico e teórico-metodológico dado que delimitam o objeto de estudo, no intuito de compreender e interpretar uma série de fenômenos relacionados às relações humanas em termos de sociedade, cultura e relações de poder. A Sociologia, em seu caráter genérico, procura dar conta do maior número possível de aspectos do comportamento humano envolvidos nas relações coletivas em torno de instituições sociais.[2] O termo Sociologia foi utilizado e publicado pela primeira em 1838, pelo filósofo francês Auguste Comte (1798-1857), referindo-se à ciência que se preocupa com a observação empírica e analítica dos fenômenos sociais, em objeção as abstrações filosóficas e metafísicas. Comte foi o precursor das teorias sociais positivistas (Positivismo), difundidas como corrente de pensamento e método científico, exercendo grande influência no ocidente na segunda metade do século XIX. O Positivismo expressa total confiança nos benefícios que poderiam ser gerados pela sociedade moderna capitalista com relação aos processos técnicos e de industrialização. A ciência seria o conhecimento que estabeleceria a moral e contribuiria na ordenação da sociedade.[3] As teses do Positivismo são de grande impacto no pensamento social moderno (ABBAGNANO, 2003; COMTE, 1996 [1838]).[4] Enfatizando o campo prático, centra-se na teorização sobre um método capaz de reorganizar a sociedade com base na ordem.[5] “Tratava-se, portanto, da reestruturação intelectual das pessoas e não de uma revolução das instituições, como