Conceitos da arte moderna
ESCOLA DE BELAS ARTES – DEART
CURSO DE ARTES VISUAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE BELAS ARTES – DEPARTAMENTO DE ARTES PLÁSTICAS
DISCIPLINA: ARTES VISUAIS MODERNA E CONTEMPORANEA
PROFESSORA: Marcos Hill
ALUNO: Mariana Tallarico
DATA: 11 de Abril de 2012
SMITH, Roberta. Arte Conceitual. In: STANGOS, Nikos. Conceitos da Arte Moderna. Rio de Janeiro: Zahar, 1991. Pg. 182-192
Os anos sessenta representaram um momento de grande inquietação na esfera social e cultural, a qual em grande parte foi representada por um movimento de rejeição e negação do objeto tradicional da arte, um movimento de mudança de foco – do produto final da arte, para as idéias e conceitos que giram em torno dele. O resultado final foi uma arte que tinha suas bases não na produção desse período, mas nas mentes dos artistas e do público. O início desse movimento é em Marcel Duchamp, em 1917. Duchamp se dizia estar “mais interessado nas idéias que no produto final”. A Fonte, o “ready-made” de Duchamp mais clássico, é talvez “a quintessência da obra de arte ‘protoconceitual’”. É uma das primeiras obras a questionar seu próprio status como arte. Com Duchamp, o processo criativo foi reduzido, simplificado: se resume à decisão aleatória de chamar “arte” este ou aquele objeto. Duchamp foi o precursor de um conceito de arte que vai além das barreiras convencionais, a arte relaciona-se mais com as intenções do artista do que com qualquer coisa que ele produzisse. Duchamp colocou seus ready-mades em oposição à tradição abstrata dos seus contemporâneos (“ou o que o autor descreveu como ‘sua convicção infinitamente estimulante de que a arte pode ser feita de qualquer coisa’”). Duchamp foi muito sustentado pelos dadaístas. Somente a partir de meados da década de sessenta, com uma geração mais jovem, que a contribuição de Duchamp impulsionou tantos artistas que seu “movimento de um homem só” se