O Espaço Moderno - Resenhas Alberto Tassinari
A obra “O Espaço Moderno” (Cosac Naify, 2001, 165 páginas) do doutor em Filosofia pela universidade de São Paulo e crítico de arte Alberto Tassinari, apresentada como gênero ensaístico, analisa criticamente o conceito de arte moderna e contemporânea, suas problemáticas, continuidades, e a importância do conceito de espaço para o seu entendimento.
Para Tassinari, o entendimento adequado da arte moderna e seu diálogo com a arte contemporânea devem observar duas proposições básicas.
A primeira delas reside no fato de que a arte normalmente considerada como contemporânea deve ser entendida objetivamente como um desdobramento da arte moderna, observando-se neste processo não o término de uma época, mas sim a depuração de seus aspectos conceituais, formais e poéticos.
A segunda proposição do autor reside na enfática importância atribuída ao conceito de espaço. A arte moderna, especialmente na sua fase de desdobramento, poderá ser mais bem entendida quando mediada pela conceituação do espaço no qual se apresenta.
Observa-se nos capítulos iniciais da obra uma retrospectiva histórica da arte, permeada pelos nomes e movimentos mais representativos do período conhecido como o Modernismo do século XX.
Nesta perspectiva o autor nos propõe que a consolidação da arte moderna representa um momento demasiadamente profícuo podendo ser equiparado à Itália do século XV, tamanha a sua fecundidade e inventividade. Novos paradigmas são estabelecidos nestas conjunturas marcantes da história, se no Renascimento a imagem perspectiva de uma pintura se afirmava como uma espécie de janela, na pintura moderna ela se altera e começa a se afirmar com uma espécie de anteparo.
Estes conceitos de Modernismo e de um eventual Pós-Modernismo são extensa e criticamente analisados por Tassinari. Para o autor, Modernismo, anti-naturalismo e novas abordagens da temporalidade representam um padrão indissociável. Se a temporalidade do