Conceito de filosofia
O termo “filosofia” vem da soma de dois radicais gregos, o “filo” que significa amigo ou amante, aquele que deseja e se compromete afetuosamente e incondicionalmente a outro tanto no ato de amar quanto à lealdade, e a palavra “sofia”, significa sabedoria. Para os gregos a sabedoria era algo divino, que era revelado aos mortais pelos deuses. A sabedoria não era adquirida por mérito, mas por dádiva dos deuses.
O conceito de Filosofia deve ser elaborado de acordo com as características filosóficas de um determinado período de tempo, no curso de sua história. Na Antiguidade, os filósofos; na Idade Média, a Escolástica; na Atualidade, os problemas.
Os filósofos gregos da Antiguidade fornecem-nos uma visão completa da Filosofia. A atitude desinteressada na busca do conhecimento objetivava à última redução do real, sem compromissos particulares e limitados. Utilizavam o método demonstrativo não apenas aplicando a um plano lógico, mas metafísico. A finalidade era favorecer a reta razão, a perfeição interior e a autoconsciência do homem.
Na Idade Média não existia uma Filosofia, mas correntes de opiniões, doutrinas e teorias, denominadas de Escolástica. Santo Tomás de Aquino e Santo Agostinho são seus principais representantes. Buscava-se conciliar fé com razão. O método utilizado é o da disputa: baseando-se no silogismo aristotélico, partiam de uma intuição primária e, através da controvérsia, caminhavam até às últimas consequências do tema proposto. A finalidade era o desenvolvimento do raciocínio lógico.
Na Idade Moderna, as ciências se desprendem do tronco comum da Filosofia. Restam à Filosofia as reflexões sobre a Ontologia ou Teoria do Ser, a Gnosiologia ou Teoria do Conhecimento e a Axiologia ou Teoria dos Valores. O método utilizado é o da intuição: intelectual, emotiva e volitiva. Discutem-se problemas relacionados ao ser, ao pensamento e à conexão entre ambos. A finalidade é a transformação da sociedade pela autoconsciência do indivíduo.