CONCEITO DE DEFICIÊNCIA MENTAL E EDUCAÇÃO
O conceito e atendimento a deficientes mentais sofrerem diversas alterações. Até a final da Idade Media, os portadores de deficiência mental, chamados na época de idiotas, eram considerados como resultado de imoralidade e, por, isso, no principio as terapêuticas foram moralizantes, utilizando exorcismo e castigos físicos .Segregados, ora perseguidos,ora sofrendo compaixão,os deficientes mentais eram banidos do convívio social,não havendo, portanto, qualquer perspectiva de educação.
De acordo com Pessotti (1984,p.56), o trabalho de Paracelso, no século XVI, parecer ter sido o primeiro que reconhecia a deficiência mental como sendo um problema medico, embora contenha uma visão preconceituosa.O trabalho de Willis, sobre deficiência menta, pois passou – se a explica-la como lesões ou disfunções do sistema nervoso central.
Os ensaios de Locke, no século XVII, foram determinantes das concepções acerca da deficiência mental e muito influenciaram o pensamento de Rosseau, Condillac e Itard.A deficiência passou a ser entendiada não como lesão irreversível,mas com estado”... de carência de idéias e operações intelectuais semelhantes ao do recém nascido”(PESSOTTI,1984.22).
Locke e Condillac,demoram origem a uma didática especial para deficientes mental dentro do que se conhece como educação especial, mas foi Itard que procurou aplicar seus princípios de forma pratica e rigorosa.
Ainda no século XIX, Esquirol apud Pessotti,(1984,p.56) definiu idiota não como uma enfermidade, mas como uma condição de não- desenvolvimento intelectual, cuja base é orgânica, constatada desde a tenra idade e seu prognostico seria a irrecuperabilidade, dentro de uma concepção que, de certa forma , se mantém até hoje.
As definições e classificações dos deficientes mentais que se construíram ao longo do século XIX tais como idiotas, cretinos, imbecis e débeis, são as raízes da visão classificatória do século XX.
A questão da deficiência mental