Comunicação em sala de aula
A aprendizagem ocorre sob influência de muitos fatores: um ambiente confortável (arquitetura), a postura e a atuação do mestre, a relação aluno-professor – que nem sermpre é fácil, devido à singularidade de cada um. Estudos demonstram que a memória e a cognição têm relação direta com a biologia molecular. Mas vai ser no vínculo afetivo, na emoção vivenciada entre os participantes que a evocação poderá ser facilitada. Expor um pouco dessa complexidade é o que pretende este artigo.
Quanto mais emoção na sala de aula, mais chance de que a memória seja acionada. No sistema neurológico, o processo químico para que se estabeleçam conexões no cérebro e para que as associações necessárias ocorram, depende de muitas variáveis.
O professor desencadeia várias delas, mas existe a individualidade do aluno, a sua maturação, a sua experiência de vida, a sua base de conhecimentos, entre outras. E os “brancos” nas provas, ou os “brancos do professor” ao ensinar? O processo que ocorre tem a ver com os corticóides, que liberados em excesso devido ao estresse, não permitem as conexões neurológicas necessárias, ocasionando os tais “brancos” que apavoram. Daí a importância do preparo: um estudo bem feito dá a segurança do saber. Como ocorre o processo de aprendizagem em aula e de que forma se pode auxiliar os alunos?
O professor para poder cumprir o programa, passa a reproduzir o mesmo modelo autoritário antigo: o de despejar conteúdos e mais conteúdos. E isto impede que ele conheça o aluno e o ajude no seu crescimento de forma mais harmônica. As aulas expositivas não podem ser “fechadas”. Elas precisam suscitar novas descobertas: pesquisa em biblioteca, na internet, em laboratório. Trazer o aluno para o questionamento é possível. Problematizar, criticar, analisar, interpretar até. Mas para que isto ocorra, tempo e espaço devem ser suficientes. Se o professor está expondo o conteúdo para turma de muitos alunos (as economicamente corretas, mas