compromisso politico e formaçao do psicologo
Em sentido mais amplo, essa expressão pode designar ações profissionais que rotulam,estiguimatizam,discriminam,desrespeitam,oprimem e humilham pessoas. Causando ou aprofundando o sofrimento,tais práticas, quando não exterminam a vida, deixam a alma destroçada. A questão nos põe,como produtores e reprodutores da psicologia, diante do sério problema da formação do psicólogo.
“Todas essas negrinhas babosas deveriam sair da escola para aprender a costurar”. Frase assustadora porque mostra o tamanho desmedido que a má formação de um psicólogo pode assumir, a ponto de permitir lhe permanecer aderindo, depois de cinco anos num curso universitário, ao mais absoluto e criminoso preconceito. Um exame, mesmo que rápido, de obras básicas do movimento antimanicomial resulta em constatações relevante ao tema dessa mesa: elas foram, na maior parte, publicada depois da segunda grande guerra ;são críticas do discurso científico oficíal; têm como espinha dorsal uma reflexão sobre o lugar das teorias e das práticas tradicionais da saúde mental nas relações sociais de poder. Os anos 50 e 60, sobretudo na Europa, foram aonos fecundos de questionamento do mundo,reflexão sobre os fundamentos das ciências e profissão. O horror da guerra, do nazifascismo, dos campos de concentração, do genocídio, da adesão de tantos a lideresembriagados pelo exercícios delirante do poder. Dizendo de outro modo,os fatos da segunda guerra haviam tornado premente a luta pelos valores esseciais da liberdade, da igualdade e do respeito à vida como valores essenciais.
Eles não deixaram de lado classificações superadas das doenças mentais para aderir classificações “mais científicas”, não baniram tratamentos quimicos e mecânicos brutais para adotar técnicas comportamentais no interior dos manicômios. A indignação com a profunda desigualdade inscrita no modo de produção capitalista, a compaixão pelos que viviem em