comportamento
Artigo
et al.
de
Revisão
doença renal crônica: frequente e grave, mas também prevenível e tratável
Marcus Gomes Bastos1*, Rachel Bregman2, Gianna Mastroianni Kirsztajn3
Trabalho realizado nas Universidades - Universidade federal de Juiz de Fora - MG, Universidade do Estado do Rio de janeiro - uerj e Universidade Federal de são paulo - UNIFESP, São paulo, SP
*Correspondência:
NIEPEN da Universidade
Federal de Juiz de Fora UFJF e Fundação IMEPEN
Rua José Lourenço Kelmer nº 1300
São Pedro
Juiz de Fora - MG
CEP: 36036-330
Resumo
A doença renal crônica é considerada problema de saúde pública em todo o mundo. No Brasil, a incidência e a prevalência de falência de função renal estão aumentando; o prognóstico ainda é ruim e os custos do tratamento da doença são altíssimos. Independentemente da etiologia da doença de base, os principais desfechos em pacientes com DRC são as suas complicações (anemia, acidose metabólica, desnutrição e alteração do metabolismo de cálcio e fósforo), decorrentes da perda funcional renal, óbito (principalmente, por causas cardiovasculares) e perda de função renal. Estudos recentes indicam que estes desfechos indesejados podem ser prevenidos ou retardados se a DRC for diagnosticada precocemente e as medidas nefro e cardioprotetoras implementadas o mais rápido possível.
O atual estagiamento da doença e uma descrição dessas medidas preventivas são apresentados na presente revisão.
Unitermos: Falência renal crônica. Proteinúria. Albuminúria. Taxa de filtração glomerular. Anemia.
Diabetes mellitus.
Introdução
A nova definição da doença renal crônica (DRC), em uso desde 2002, propiciou um estagiamento da doença que independe da sua causa. A partir desta nova abordagem, ficou evidente que a DRC é muito mais frequente do que até então se considerava e sua evolução clínica está associada a taxas altas de morbimortalidade. 1
Os rins são órgãos fundamentais para a manutenção da homeostase do