comportamento
O comportamento seria um produto da interação entre o organismo (com sua base genética) e seu ambiente (histórico e imediato). Não existiria organismo que não estivesse inserido em um meio e nem existiria comportamento a ser estudado sem a presença de um organismo constituído filogeneticamente. O comportamento não seria estático ou imutável; ao contrário, seria fluido, justamente por se tratar de uma relação ou interação e não de uma matéria inerte. O comportamento poderia ser entendido como a relação/interação em si mesma. No caso de um operante (SD∙∙∙R→SR), o comportamento envolveria tantos os estímulos antecedentes e conseqüentes (aspectos do ambiente) quanto a resposta (a atividade específica do organismo).A resposta seria, assim, mais um termo de uma tríplice contingência.
O modelo explicativo da Análise do Comportamento consiste basicamente em dois processos complementares (variação e seleção) que atuariam em três níveis distintos (filogênese, ontogênese e práticas culturais). Ao nível ontogenético, por exemplo: (a) existiria uma ampla variedade, topográfica e funcional de comportamento, uma pluralidade de relações entre organismo/ambiente que estaria em constante modificação (variação); por sua vez, (b) as respostas de uma classe produziram mudanças no ambiente e essas viriam a afetar o organismo alterando a probabilidade da mesma classe de respostas voltar a ocorrer sob condições semelhantes. Basicamente, haveria dois sentidos para essa alteração: o fortalecimento ou enfraquecimento da taxa de respostas de uma determinada classe em um dado contexto. Extrapolando a ontogenia e falando em termos genéricos os três níveis de variação e seleção (filogênese, ontogênese e cultura), o primeiro