Comportamento supersticioso
Skinner atribuiu o nome de ‘comportamento supersticioso’ ao fato de muitas vezes agimos de certa forma somente por acreditarmos que, se o fizermos, algo bom ocorrerá ou poderemos evitar algo ruim. Esse tipo de situação ocorre em nossa sociedade comumente afim de uma possível explicação de eventos em que não há causas concretas, claras. A superstição vem quase sempre acompanhada de argumentos aparentemente místicos ou mágicos Observando o comportamento nota-se a tríplice da contingência, isto é, estímulos ambientais que propiciam certas respostas que, por sua vez, produzem efeitos, os quais aumentam a probabilidade da resposta não ser extinta, quando aplicada para fins específicos. Segundo Skinner (1981): “A única propriedade importante na contingência é a temporal. O reforçador simplesmente sucede à resposta. Como isso acontece não importa. Devemos presumir que a apresentação de um reforçador sempre reforça alguma coisa, pois coincide necessariamente com algum comportamento.” Ainda afirma (1981): “Se só uma conexão acidental existe entre a resposta e a apresentação de um reforçador, o comportamento é chamado de ‘supersticioso’”. Exemplificando a visão de Skinner quanto o comportamento supersticioso: Quando usei determinada pulseira ao andar por meu bairro encontrei um desafeto que não vira há anos, esse evento tem um efeito reforçador considerável, uma vez o comportamento reforçado aumenta a probabilidade de o emitirmos novamente. Apesar de não se poder afirmar com propriedade que a situação citada se trata de um evento supersticioso, o fato de encontrar um inimigo não possui relação alguma com a pulseira, mas esse comportamento tem sua probabilidade aumentada pelo efeito reforçador do encontro. Segundo estudos atuais, podemos diferenciar uma relação contingente de uma mera relação temporal e acidental, a relação será contingente quando essas probabilidades diferirem entre si. Se ao usar a