Comportamento supersticioso de atletas
O objetivo deste estudo foi de investigar e analisar se atletas masculinos das modalidades handebol e futsal apresentam comportamentos supersticiosos antes, durante ou depois à prática esportiva. Participaram deste estudo 32 atletas adultos masculinos. Todos os atletas responderam a um questionário e dois participantes, sendo um de cada modalidade, além de responderem ao questionário também participaram de uma entrevista semidirigida. A partir dos dados coletados por meio dos questionários foi possível investigar a frequência e a ocorrência dos comportamentos supersticiosos antes, durante ou após jogos competitivos. Nas entrevistas buscou-se identificar variáveis da história ontogenética e cultural dos participantes que pudessem controlar, no sentido de aumentar ou diminuir, a frequência dos comportamentos supersticiosos. Após a coleta dos dados, foi realizada a análise funcional de comportamentos que buscou identificar a função destes comportamentos para os atletas. Os resultados mostraram que dentre os 20 atletas de handebol que responderam ao questionário, apenas 33% afirmaram apresentar comportamentos supersticiosos. Entretanto dos 12 atletas de futsal que responderam ao questionário, 58% afirmaram que apresentam comportamentos supersticiosos. Observa-se que no futsal o comportamento supersticioso é mais frequente, este dado pode estar ligado ao fato de que o futsal deriva do futebol, esporte de maior aceitação popular no Brasil. Os comportamentos mais freqüentes identificados nos questionários foram comportamentos mantidos por regras culturais, familiares e religiosas. Foram identificadas na análise funcional, as respostas de dois atletas, um de cada modalidade que apresentaram respostas referentes à mesma variável, no caso, o uso da mesma vestimenta em jogos. Foi possível concluir que tais comportamentos foram reforçados