Complexo de édipo
Complexo de Édipo
O Complexo de Édipo é um dos conceitos fundamentais da psicanálise. Podemos defini-lo como um conjunto das relações que a criança estabelece com as figuras parentais e que constituem uma rede principalmente inconsciente de representações e afetos entre a criança e as funções paterna e materna.
A entrada no Complexo de Édipo ocorre na transmissão da interdição do incesto. Assim, o incesto inicialmente resulta na lógica da criança querer matar o pai para realizar a união com a mãe. A renúncia a essa situação se dá face à ameaça paterna de castração. Assim, no coração do Complexo de Édipo está a castração (operação simbólica) que pode ser compreendida como uma renúncia, uma perda do gozo necessária à entrada do sujeito na ordem simbólica.
A relação primária da criança se dá com a mãe. Mais precisamente, podemos dizer que o sujeito deseja ser o objeto de desejo da mãe (falo). O Pai surge para cortar essa relação desejada com a mãe. Assim, toda a interrupção de gozo que a mãe impõe à criança, contrariando a ordem de satisfação, será representado pelo pai.
Denominada como “Metáfora paterna” por Lacan, a lei edipiana organiza a filiação masculina em torna da união indissolúvel do proibido e do desejo. O próprio corpo é o primeiro significante do sujeito, sendo que só poderá adquirir significado sendo antes significante para a mãe [Oliveira, 1998]. Posteriormente, será substituído, como significantes pela lei e ordem simbólica. Esse momento da constituição do sujeito psiquico se apresenta como característicos das estruturas que se seguirão. O Édipo ausente da psicose pode ser sustentado por “compensação imaginária do édipo ausente” nos “pré-psicóticos”, ou seja, nos psicóticos que não tiveram sua psicose desencadeada [Quinet, 2006]. Concebemos que a resolução do Complexo de Édipo no menino se dá pela angústia da castração. Entendendo a constituição psíquica proposta por Freud (eu, isso e supereu), o supereu é o herdeiro dessa angústia de