Complexidade

COMPLEXIDADE
Atualmente, estamos acostumados com o fato de conviver em um mondo que está em um constante processo de transformação. Esta, muitas vezes pode ser notada pelos nossos olhos, pois acontece de maneira rápida, como também pode acontecer de forma lenta e gradual.
Fatos como a ampla disseminação do mundo virtual, tão visível aos habitantes da sociedade dos anos 90, como o crescimento da população idosa, fato mais difícil de ser percebido pelos mais novos, e, principalmente o desenvolvimento científico-tecnológico, que tornou-se muito mais acessível à população em geral, e não apenas à comunidade científica, exemplificam essas transformações.
Para que seja possível ao ser humano acompanhar essas mudanças, é necessário estabelecer novas relações sociais, que, consequentemente, necessitam de adaptações por parte da sociedade, sejam elas simples como o surgimento de novas “regras” de etiqueta ou complexas como alteração de leis e planos econômicos.
Segundo Edgar Morin, a complexidade é um desafio ou um problema a ser superado, pois admite a entropia, o imprevisto natural e a incerteza presentes em todas as coisas. Ainda segundo Morin, as mudanças às quais a sociedade está sendo submetida são muito complexas e derrubam parâmetros anteriores, que representam, muitas vezes, uma base para o próprio individuo.
A derrubada desses parâmetros em questões como cultura, classe, ética, medicina, podem deixar o individuo confuso e em crise de identidade, visto que o que ele conhece como certo e estável está sendo alterado.
Essa capacidade de mudar se estende a própria ciência, visto que quanto mais se descobre sobre determinado assunto, mais dúvidas surgem, fazendo com que o fechamento de uma porta abra várias outras, tornando infinitas as possibilidades de novas descobertas.
O pensamento redutor, ainda segundo Morin, é um erro, pois não considera a relação entre o objeto de estudo e o ambiente. O ideal seria o estudo em três frentes: o objeto, o ambiente do