Complexidade, interdisciplinaridade e saber ambiental.
O presente trabalho visa apresentar as problemáticas surgidas, a partir do meado do século XX, onde o nascimento de uma consciência se apresenta no momento de uma crise ecológica, ambiental e da própria civilização. Os questionamentos surgem, a fim de se opor os modelos e os métodos, e essa tendência de pensamento ocidental de colocar a razão como centro de qualquer discurso para se explicar os fenômenos e as implicações complexas que envolvem as questões ambientais. As décadas de 70 e 80 são marcadas por produção de livros, seminários e encontros que alertam o mundo para as questões ambientais buscando uma nova consciência e propondo mudança nos modelos vigentes, trazem uma nova reflexão inserindo o homem neste contexto, alertando a comunidade científica da necessidade de se refazer o modelo científico, uma vez que o conhecimento e as ferramentas metodológicas empregadas para interligar o ser humano nas questões ambientais eram ineficazes para entender toda complexidade que envolve toda essa problemática, pois o modelo predominante contemplava uma visão naturalista, biológica e ecológica, deixava as questões sociais, culturais e econômicas de fora dessa natureza.
Segundo Leff, o conhecimento científico se encontra com o saber ambiental que necessitam de uma interpretação para a construção de uma racionalidade ambiental apropriada as questões sociais da natureza e da cultura de cada região.
A interdisciplinaridade é requerida para se repensar e se opor ao modelo cartesiano empregado nas questões ambientais, nesse contexto existe a consciência que os fenômenos não podem ser estudados de forma epistemológica, a contribuição de outros saberes são essenciais e fundamentais para se estabelecer um possível entendimento para os fenômenos imprevisíveis, uma vez que o objeto de estudo está o homem, que é um ser social e