Competências profissionais
A competência profissional no campo da anticoncepção deve incluir os conhecimentos técnicos, científicos e culturais atualizados, direcionados ao atendimento das necessidades de saúde sexual e reprodutiva dos clientes. Isso inclui habilidade para dar orientação, informar e comunicar-se adequadamente, participando da tomada de decisões quanto aos mé- todos anticoncepcionais (MAC) e acolhendo com respeito o/a cliente. A esse respeito, o Ministério da
Saúde7 acrescenta que os profissionais devem estar preparados para lidar com mitos, preconceitos e percepções errôneas que os indivíduos acumulam com relação aos MAC, sexualidade, saúde reprodutiva, acompanhamento dos filhos, dentre outros.
A atuação dos profissionais de saúde no campo do planejamento familiar está amparada na Constitui- ção Federal, artigo 226, parágrafo 7º, que recomenda uma assistência embasada no princípio da paternidade responsável e no direito de livre escolha dos indivíduos e/ou casais.7 Portanto, as ações voltadas à anticoncepção têm como pressuposto a oferta dos MAC aprovados no País, para garantir à mulher, homem ou casal a possibilidade de livre escolha. Os métodos atualmente disponíveis e autorizados no Brasil incluem os comportamentais, hormonais orais e injetá- veis, preservativo masculino e feminino, diafragma, espermicida, DIU, laqueadura e vasectomia.8
Para que a assistência em anticoncepção seja ofertada com qualidade à população, foram estabelecidos elementos que assegurem esse cuidado em planejamento familiar.Entre eles, estão a oferta de MAC, a informação ao cliente, o relacionamento interpessoal, a competência profissional, o acompanhamento dos usuários e a disposição de uma rede apropriada de serviços.2 Porém, a competência profissional é um dos aspectos mais difíceis de serem avaliados, uma vez que os clientes avaliam este aspecto mais pelo tempo gasto com eles e o acolhimento que lhes foi dirigido, do que propriamente o conhecimento
técnico