Administração
A importância da ética nas empresas cresceu a partir da década de 80, com a redução das hierarquias e a consequente autonomia dada às pessoas. Os chefes, verdadeiros xerifes até então, já não tinham tanto poder para controlar a atitude de todos, dizer o que era certo ou errado. A disputa por cargos cresceu e, com ela, o desejo de se sobressair a qualquer custo.
Assim, nos últimos anos, os escritórios viraram um campo fértil para a desonestidade, a omissão, a má conduta e a mentira. No dia-a-dia, os sete pecados capitais (luxúria, ira, inveja, gula, preguiça, soberba e avareza) servem como uma espécie de parâmetro para o bom ou mau comportamento em sociedade. No universo corporativo, a falta de ética poderia entrar nessa lista. A maioria das pessoas age com honestidade porque quer dormir com a consciência tranquila - ou, então, porque tem medo das conseqüências, que podem resultar em atos ilegais ou contrários à ética.
Empresas são formadas por pessoas e só existem por causa delas. Por trás de qualquer decisão, de qualquer erro ou imprudência estão seres de carne e osso. E são eles que vão viver as glórias ou o fracasso da organização. Por isso, quando se fala de empresa ética, lembra-se de pessoas éticas. Uma política interna mal definida por um funcionário de qualquer nível pode atingir dois dos maiores patrimônios de uma empresa: a marca e a imagem. Alguns exemplos de condutas antiéticas:
- A empresa diz não ter preconceito, mas não possui nenhum trabalhador negro;
- Suborno indireto: os compradores negociam corretamente, mas aceitam vantagens políticas e às vezes até sexuais de seus fornecedores;
- comprador se envolve com o fornecedor e acaba favorecendo-o mesmo sem a intenção de fazê-lo;
- Comprador para fornecedor: ou aceita o preço ou o concorrente recebe. Este procedimento acaba liquidando os pequenos;
- A empresa ter informantes em Brasília; - A contratação de