COMPARAÇÃO KANT MILL
ATIVIDADE 6
Neste momento final do estudo das duas perspetivas éticas e tendo em conta que o «Caso Truman» foi de forma mais ou menos explícita o fio condutor da nossa exposição, será apropriado que a cada discente seja solicitada a resposta a uma série de questões de comparação entre as duas teorias. Essas respostas devem referir o «Caso Truman».
1. Qual o critério ou a base em que nos apoiamos para avaliar a moralidade de uma ação?
Para Kant, a moralidade ou o valor moral de uma ação depende da intenção com que é praticada. As consequências – que Kant não despreza absolutamente − não podem ser o critério de que depende a moralidade da ação. Com efeito, se duas ações podem ter consequências boas, isso não quer dizer que sejam as duas moralmente boas. Uma ação só é moralmente correta se a intenção for a de cumprir o dever pelo dever.
Segundo Mill, a moralidade de um ato depende das consequências ou resultados. Se as consequências são boas, a ação é moralmente boa. A intenção revela mais sobre o caráter do agente do que sobre o valor da ação. Há boas intenções de que resultam consequências desagradáveis.
A ética de Mill é consequencialista e a de Kant é deontológica.
2. Os fins justificam os meios?
A resposta kantiana é clara: Este princípio não tem valor moral. As ações moralmente corretas são ações boas em si mesmas. Sejam quais forem as consequências, há ações erradas em si mesmas. Podemos considerar relativamente boas as ações de Truman – ao que parece poupou centenas de milhares de vidas –, mas a verdade é que violou uma regra moral – não matar inocentes e indefesos – cujo valor absoluto não pode ceder em circunstância alguma, por mais que isso nos custe.
Para Mill, apesar de ser útil – bom para a maioria das pessoas – respeitar normas como «Não matar», há circunstâncias e situações em que violar essa norma se justifica porque da ação alternativa resultará mais sofrimento e mal-estar. O que é melhor? Que matemos 200 000