Comida e sociedade
ESCOLA DE NUTRIÇÃO (ENUFBA)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DOS ALIMENTOS
BACHARELADO EM GASTRONOMIA
SALVADOR
2012.2
Docente: Lívia Liberato
Discente: Iasmin Pita
SALVADOR
2012.2
Comida
Da quantidade à qualidade: Uma questão de Informação e Segurança Alimentar.
"A natureza fez o comer para o viver e a gula fez o comer muito para o viver pouco.”
-António Vieira-.
Quem assistiu ao filme Vatel-Um Banquete para o Rei, onde o brilhante ator Gérard Depardieu interpreta uma versão mais romântica do chefe de cozinha responsável pelo banquete em homenagem ao Rei Luís XIV da França no ano de 1671, por certo, mantém vivo na memória toda a extravagância e suntuosidade dos de “comer e de beber” servidos durante os dias do Festim.
A comida (entenda-se também o ato de comer) assumiu um papel de divisor de classes bem antes do que muitos de nós, nascidos na chamada Era Digital conseguimos nos recordar e, com o passar do tempo, a mesma foi se adequando as necessidades da sociedade, ou seria mais apropriado afirmar que somos nós que nos adaptamos hoje a aquilo que nos é ofertado como alimento?
Quem já ouviu alguém se referir a algum alimento como comida de “pobre” ou comida de “rico” pode subentender que hoje nós não somos somente aquilo que comemos como afirmou o francês Jean Anthelme Brillat-Savarin, em 1825, mas também aliamos a esta premissa o valor comercial e a seletividade daquilo que colocamos a mesa. A única diferença com relação aos nossos antepassados é que hoje levamos mais em conta a qualidade, tanto em valor de mercado quanto em valor nutricional daquilo que ingerimos.
Nos primeiros sistemas humanos sociais o que importava era a quantidade de alimento, mas com a descoberta do fogo na Era Paleolítica e o emprego do cozimento dos mesmos, o ato de comer tornou-se algo prazeroso e com isso a gula passou a ser uma tentação e o caminho para a obesidade florido, como afirma o autor Felipe Fernandez. Até mesmo o ato de