RESUMO CAP 3 E 4
A ILUSÃO DAS RELAÇÕES RACIAIS No século XVIII, Antonil afirmou que no Brasil para os negros é um inferno, para os brancos um purgatório e para os mulatos o paraíso. Esta afirmativa fez com que os interpretes pensassem nos sentidos velados, e nas implicações morais e políticas do Brasil. Podemos perceber também que a frase de Antonil é no mínimo contraditória as ideias de hoje. Não custa lembrar que as teorias europeias colocam o branco como uma raça superior as outras. Colocava se o branco europeu ocidental como a liderança das raças e os negros e indígenas como uma raça inferior e no meio suas miscigenações, saber o motivo das culturas terem tais miscigenações culturais e conduzir os intelectuais aos pontos-chaves que esclarecem o "racismo europeu" ao "racismo a moda brasileira". Noto, primeiramente, que Antonil não fala de branco, negro e mulato numa equação biológica. Ao contrário, com eles constrói uma associação social ou normal, pois que relaciona o branco com o purgatório, o negro com o inferno e o mulato com o paraíso. Creio ser a primeira vez que se estabelece um triângulo para o entendimento da sociedade brasileira e isso, sustento, é significativo e importante. O Brasil não é um país dual onde se opera somente com uma lógica do certo ou errado; do homem ou mulher; de Deus ou Satã, etc. Ao contrário, no caso de nossa sociedade, a dificuldade parece ser justamente a de aplicar esse dualismo de caráter exclusivo; ou seja, uma oposição que determina a inclusão de um termo e a automática exclusão do outro, como é comum no racismo americano ou sul-africano. Na nossa variedade de raças, temos o mulato que representa a cristalização perfeita. Devido as seus pensamentos Antonil equaciona três espaços na cosmologia católica romana: o paraíso, o inferno, e o purgatório. ao colocar o mulato como ser intermediário podemos perceber que Antonil visualiza os valores mais profundos da sociedade