O que faz o brasil brasil?
Cap. 4 – Sobre comidas e mulheres
Roberto DaMatta expõe a culturas brasileira de forma dualista, sobre comidas e mulheres , DaMatta expõe a dualidade existente nos vários aspectos relacionados ao “comer” e “alimentar”. Inicialmente nos da idéia sobre os aspectos físicos-quimico dos alimentos , distinguindo e separando os alimentos em Crus e Cozidos.
Alimentos crus são aqueles que não sofreram nenhuma modificação que poderia alterar o sabor do alimento, de certa forma, o alimento cru não foi levado ao fogo de maneira a não ter-se modificado estando totalmente em seu estado natural. Neste sentido , DaMatta , relaciona os cru ao lado mais selvagem da sociedades, mais apressada, “o apressado come cru”.
Já por outro lado, encontra-se o cozido, um alimento mais manipulado, consumido já com um pouco de calma, um alimento de certa forma civilizado, pois não teve a ânsia e a pressa de preparar e comer.
Desta forma, um alimento mais civilizado influi em nosso corpo unindo o intelecto ao sensível, simbolismos que nos remetem a pensar sobre a paciência civilizada do esperar e a apreciação da visualização e o odor do prato.
Dentro deste simbolismo do alimento, o alimento cru é representado como nós por nós, e o cozido por nós na sociedade, uma forma mais “apresentável”, mais civilizada, mais expositiva.
Um outro ponto de dualidade colocado pelo autor é na diferença entre comida e alimento, onde é discutido que alimento é aquele objeto consumido apenas para manter nossas energias vitais a fim de sobreviver. Já a comida é algo mais social, algo que precisa ter uma relação social com os integrantes que estão no mesmo ambiente da comida e uma relação também com a própria comida em si.
O alimento é algo universal diz o autor, consumido por todos, independente de raça, credo, gênero e classe social, claro que os alimentos variam com as classes sociais, religiões e ambiente geográfico de cada um, mas o intuito de se alimentar é o mesmo a todos: