Comentários da obra O Arcaísmo como Projeto
• na metrópole portuguesa “o arcaísmo é ... um verdadeiro projeto social”;
• na colônia, a ação do capital mercantil produz uma “esterilização que não esgota”;
• “a dependência passa a redefinir-se enquanto um espaço de acumulação interna”.
Para compreender como ocorreu o estabelecimento e reiteração no tempo do escravismo colonial brasileiro os autores Fragoso e Florentino, primeiramente discutem as visões da historiografia brasileira quanto à formação da Brasil e como estava fundamentada a sua economia colonial. Fragoso e Florentino ao discutirem as diferentes correntes teóricas historiográficas da História Econômica do Brasil tornam possível compreender como vários autores explicam o desenvolvimento e manutenção da economia colonial que tinha seu alicerce na escravidão. Importante ressaltar, que os autores que procuraram explicar a formatação da economia colonial brasileira estavam condicionados a indagações pertinentes à sociedade brasileira na época da produção das respectivas obras. Primeiramente, este texto também faz um recorte dos principais interpretes do Brasil, citados ou não por Fragoso e Florentino.
Segundo Fragoso, no artigo História Econômica no livro Domínios da História, as bases da historiografia econômica nacional remontam a década de 1930 e estende-se até a década de 1970. Destarte, os primeiros autores que efetivamente procuraram interpretar a formação da economia do Brasil foram Prado Jr., Simonsen, Furtado e Novais, que através do uso de novos paradigmas de pesquisa propunham a produção de uma história totalizante que desse conta de compreender como a sociedade, a política e a economia brasileira começaram a ser estabelecidas.