Colônia penal

Kafka

Nesta história somos apresentados a quatro personagens principais: o oficial, o explorador, o condenado e o soldado. Estes personagens surgem como peças de xadrez neste drama e se tornam mais fortes ou mais fracos no decorrer da história.

No começo da história conhecemos o contexto: um explorador viaja a uma colônia penal a convite de seu Comandante residente. Como é habitual em Kafka, o leitor é confrontado com uma representação “seca” de um mundo onde a execução por tortura é o meio de estabelecer a disciplina. O explorador é convidado a testemunhar a execução de um prisioneiro que desobedecera uma das regras da Colônia. O condenado é amarrado a uma máquina exótica, construída para realização de execuções. Um soldado amarra o condenado e o mantém imóvel por 12 horas até que se conclua a punição..

Esta tarefa recai sobre um zeloso seguidor do comandante anterior. No início da obra ele não somente quer que o Explorador compreenda sua devoção ao código da Colônia mas que entenda o funcionamento da máquina construída para aplicá-lo. O motivo para condenação tão cruel é insignificante. O prisioneiro não dera continência na porta do Comandante no horário obrigatório. Surpreende é a paixão quase religiosa que o Oficial dedica ao dispositivo de suplício.Ele tece rasgados elogios à máquina. Desce aos mínimos detalhes. Como um relojoeiro, ele mostra o desenho da máquina com orgulho. Conta, também, que o prisioneiro não sabe que foi condenado por uma violação, ou que ele está condenado a morrer. Isso irrita o Explorador, iniciando uma ruptura que conduzirá, em curto tempo, a uma inversão na sorte do Oficial.

A máquina é um dispositivo de três partes, com duas camadas retangulares, um chamado a cama, onde a vítima está previsto e o outro chamado o Desenhador que o mantém no lugar. É uma espécie de tatuador com agulha de aço de grandes dimensões que escreve na carne da vítima qualquer frase que deseje o operador, mormente a correção da falha cometida