Colonato
Ao longo da história, temos vários exemplos do emprego do regime de colonato, quase sempre ligados a uma crise ou escassez de mão de obra escrava. Na formação do Império Romano, a constante expansão territorial e a exploração da mão de obra de escravos deram origem a uma rica economia. Os escravos eram obtidos nas guerras e enviados para as grandes propriedades, onde se produziam os alimentos que abasteciam o império.
A partir do século III o sistema mostra seus primeiros sinais de colapso, pois as autoridades não conseguiam aumentar a quantidade de trabalhadores. Tentando reverter a situação, muitos proprietários de terra decidiram implementar o sistema de colonato, onde grandes proprietários cediam parte de suas terras para pessoas pobres dos campos e das cidades. Em alguns casos, escravos eram convertidos à condição de colonos, pois seus donos não tinham condições de sustentá-los. Em troca do lote de terras, os colonos deveriam ceder parte de sua produção agrícola.
Na Europa medieval, o processo de êxodo urbano chega ao seu auge. Os líderes das tribos antes chamadas debárbaras pelos romanos, tornam-se senhores de terra, e se aproveitam do trabalho dos camponeses, numa relação de servidão, baseada na auto-suficiência da grande propriedade, chamada de vila, onde o servo produzia para si e para o senhor. Este sistema de colonato se expande ainda mais com a ocupação árabe do Mediterrâneo no século VIII, o que dificultou o comércio com o oriente. Com a diminuição do comércio as vilas se isolam, passando a produzir para a auto-suficiência, chegando mesmo a ter regras e um governo próprio, o que daria origem ao sistema feudal.
No Brasil, um processo semelhante ocorre com a proximidade da abolição da