Coletânea de Trabalhos Acadêmicos: Analfabetismo – uma questão política
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Uma reflexão sobre Educação e Políticas Educacionais
Maria Carolina P. Leme Rodrigues5
Desde que nos consideramos uma nação, temos como desafio promover a dignidade para toda a sociedade. Passaram-se muito tempo, muitos governos e o problema persiste e se agrava cada vez mais. A alfabetização de crianças, jovens e adultos trata-se de um equívoco estabelecido na história.
De acordo com pesquisas feitas sobre a escolaridade do povo brasileiro, basta a pessoa saber ler e escrever algumas palavras ou um simples bilhete para ser considerada alfabetizada.
O analfabetismo é uma questão que envolve as dimensões política e pedagógica. A dimensão política refere-se à definição de prioridades de ordem social, de tomada de decisão e de ações concretas por parte dos governantes e de todos os agentes sociais, independente de ser o país rico ou pobre.
Em caráter mais amplo, o analfabetismo engloba as questões política, social e cultural e a alfabetização, além de política, é uma questão pedagógica. Neste sentido há muito o que fazer pelas crianças, jovens e adultos que vão à escola e não aprendem a ler.
É necessário que haja uma reflexão para se repensar a educação e o papel da escola na superação do drama social em que vivemos. Trata-se de repensar uma
Pedagogia voltada para a humanização do homem.
De acordo com as vertentes pedagógicas Tradicional, Nova e Tecnicista, acredita-se no poder ilusório de redenção da educação. Porém, a educação, ao contrário do que se propaga, é determinada pela realidade social e econômica do país. Contudo, ela não é determinante.
Os discursos dos governos, de um modo geral, da mídia e de muitos intelectuais capitalistas é de que o Brasil não se desenvolve e não produz empregos graças à baixa escolaridade de sua população, que não se vê preparada para ser mãode- obra qualificada. O ensino não prepara mão-de-obra para o mercado e o mesmo