a realidade da educação no campo
1. A REALIDADE DA EDUCACAO DO CAMPO
1.1. Como se Apresenta a Realidade Social do Campo?
Na população rural existe um grande número de pessoas que necessitam de meios de produção e terras, desse modo a questões a serem trabalhadas para o direito e a igualdade que tem sido promessas não cumpridas que evidenciam a usurpação de direitos, a ampliação das desigualdades e discriminação do campo, dentro do sistema social mais amplo.
Com a negativa repercussão das políticas públicas, a população do campo pode ser retratada com alguns dados do IBGE de 2004, que demonstram sua frágil situação. A população que pertence ao meio rural equivale a 15% da população total do Brasil, e desses, quase 30% dos adultos ainda não são alfabetizados, e quase 38% das crianças do campo começam a trabalhar com menos de nove anos de idade. Outro problema em relação às crianças e que apenas 23% delas, entre 10 e 14 anos estão nas series adequadas as suas idades. O censo de 2000 aponta para:
O envelhecimento do meio rural atinge cerca de 24% dos agricultores, que tem mais de 60 anos, e para a situação de pobreza de quase dois milhões de jovens entre 15 e 24 anos que vivem no campo. Ressalta também que a situação de contradições encontradas na relação de campo/cidade é própria e previsível, por força do sistema econômico. (IBGE, 2004)
Sem reduzir à importância da reforma agrária, que é uma política estruturada em uma ordem social, a questão educacional no campo, nesse panorama, adquire uma dimensão importante, pois se apresenta como instrumento político para reduzir diferenças e garantir direitos.