educacaoecultura
Claudemiro Godoy do Nascimento1
Uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítica é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e todos com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se. (...) a questão da identidade cultural, de que fazem parte a dimensão individual e a de classe dos educandos cujo respeito é absolutamente fundamental na prática educativa progressista, é problema que não pode ser desprezado.2
Resumo: este artigo tem o desejo de refletir sobre os problemas e as alternativas existentes na educação vinculada ao campo. Um movimento está se fazendo, gestando-se por meio de educadoras e educadores comprometidos com a causa pedagógica-cultural dos camponeses e camponesas. A I Conferência Nacional Por uma Educação Básica do Campo é uma semente lançada que pretendemos continuar regando neste imenso jardim da Educação. O artigo vem, também, demonstrar os problemas da educação no meio rural depois da municipalização do ensino fundamental e mostrar alternativas que caminham na contramão da história como é o caso da Pedagogia do MST e da Pedagogia das EFAs.
Palavras-chave: educação do campo, pedagogia, alternativa, cultura, memória coletiva, história, identidade, Educação.
Introdução.
O texto que se apresenta tem a finalidade de abordar uma proposta político-pedagógica alternativa e específica que está sendo objeto de reflexão de educadores e educadoras preocupados com a realidade das escolas do campo. Em 1998, de 27 a 31 de julho, aconteceu na cidade de Luziânia, estado de Goiás, a I Conferência Nacional Por Uma Educação Básica do Campo. Este evento teve cinco entidades promotoras que manifestaram o desejo de propor a abertura do debate em torno de uma questão extremamente preocupante para a realidade camponesa. Neste sentido, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem