Sociedade dos Poetas Mortos

Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society) é um filme estadunidense de 1989. A história se passa em1959, em uma escola tradicional, onde um ex-aluno da escola se torna professor do estabelecimento e choca ao incentivar nos alunos novos métodos de compreender a literatura .
É um filme que pode nos ajudar a entender a representação de espaço e tempo da época retratada nele. O cinema pode ser um aliado ao professor/pesquisador, pois a prática social inserida nele faz parte da cultura da sociedade onde foi produzido.
O modelo de escola passado no filme é de uma escola tradicional, ortodoxa, em que tudo é controlado (inclusive o dormitório dos garotos). O que interessa é permanecer na tradição, no que é adequado e seguir certa racionalização do ensino. Um bom exemplo disso é logo no começo quando há a abertura das aulas, no discurso do diretor, em que logo afirma a tradição da escola de cem anos e de como seus alunos vão para as melhores universidades do país. Na cerimônia de abertura percebe-se também que entram alunos muito bem vestidos com o brasão da escola em destaque, seguidos de uma música escocesa; entendendo assim a valorização á colonização e a herança de seu passado.
Outro exemplo que demonstra a necessidade de impor sua tradição é a importância dada aos quatro pilares da escola Welton: Tradição, Honra, Disciplina e Excelência. Uma escola que se importa com a tradição do ensino baseada em uma pedagogia tradicional. Existe um grande controle sobre os alunos, em todos os espaços, onde o professor deve demonstrar que está em um nível superior e separado dos alunos.
O ensino tradicional da escola valoriza profissões como Direito e Medicina, e não considera tanto as artes e a cultura popular. Uma cena que mostra isso é quando os dois colegas dizem que os pais esperam que eles sejam “futuros banqueiro e advogado”. E essa ideia ultrapassa a escola e segue também nas famílias. O pai de Neil ordena que ele deixe de ser redator do anuário e se foque nas