coerencia textual
A coerência Textual. Ingedore Villaça Koch, Luiz Carlos Travaglia. 17ª edição. 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2008.
A interpretabilidade é fator fundamental para determinar a coerência de uma produção textual. A falta de relações lógicas entre as idéias apresentadas, contradições e a ausência de conhecimento de contextos gerais de produção podem tornar um texto incoerente, dificultando o entendimento entre os falantes da língua em uma situação de interação comunicativa.
Segundo Koch & Travaglia a coerência não depende apenas da forma como elementos lingüísticos são utilizados, mas também do conhecimento de mundo apresentado pelos interlocutores. A partir do conhecimento arquivado na memória do ouvinte/leitor, um texto, por exemplo, que não possui ligações sintáticas explícitas entre suas partes pode apresentar uma unidade de sentido, tornando-se coerente para o receptor da mensagem que decide cooperar e aceitar a sequência de idéias como sendo um texto. Para a relação entre elementos do texto ser considerada explícita, inclusive sintaticamente, recursos da coesão são utilizados, auxiliando a produção de coerência textual, embora aquela não seja uma condição necessária para que essa ocorra.
Além de relações semânticas e gramaticais, podem ser estabelecidas também relações pragmáticas, ou seja, as que ocorrem por meio das ações realizadas durante os atos de fala.
A continuidade de idéias e conhecimentos ativados nos interlocutores que levam a formação de uma unidade de sentido no todo do texto é considerada a base da coerência por Beaugrande & Dressler (1981) e Marcuschi (1983) (Apud Koch e Travaglia), pois ativa conhecimentos através de expressões no texto. Essa continuidade de sentidos engloba conceitos e relações subjacentes á superfície textual, estabelecendo uma coesão do texto de forma cognitiva entre os usuários da língua. Tais relações não são lineares, tornando a