Coeducação
A coeducação, também conhecida como educação mista ou ensino misto, é a designação dada aos modelos educativos em que, pelo menos do ponto de vista organizativo, não é tido em conta o sexo (gênero) do educando ou educanda na determinação do percurso escolar e acadêmico. Os modelos coeducacionais tiveram um rápido avanço nos últimos decênios, em parte devido à aceitação da premissa de que esses modelos podiam facilitar a igualdade de oportunidades entre gêneros.
Qual a importância da coeducação para as aulas de educação física Na Educação Física as práticas corporais vivenciadas por alunos(as) geram representações diferenciadas para homens e mulheres, constroem preconceitos e estereótipos relacionados a quem pode ou deve praticá-las, contribuindo para que o movimento corporal esteja impregnado por padrões de conduta, impedindo a coeducação (SARAIVA, 2002). Quando tais questões não são problematizadas pelo docente junto aos discentes, turmas de Educação Física e que nunca vivenciaram uma abordagem Co-educativa, tendem a oferecer dificuldades para a realização das atividades. Entre os motivos para as aulas serem Co-educativas, Brodtmann (1986) apresenta dois argumentos básicos, a saber: ampliar vivências esportivas e as capacidades motoras de ambos os sexos para práticas de lazer e contribuir para a estabilização de grupos heterogêneos quanto ao sexo, visando melhorar sua interação social. Contribui para interpretar o desporto e as atividades físicas numa perspectiva relacional de gênero, combatendo o sexismo, libertando alunos e alunas das amarras que determinam o que cada sexo pode vivenciar como práticas corporais. Na dança, por exemplo, os arranjos de gênero custam mais aos homens do que às mulheres, por possibilitarem que estes manifestem a expressividade emocional/movimentos, aspectos que transgridem o que se associa ao masculino pela sociedade; enquanto o contrário ocorre com o futebol no caso das mulheres (SARAIVA, 2002). Esta