Codigo florestal brasileiro
Mesmo com toda a situação de degradação ambiental que o Brasil sofreu no período pós-industrial, foi o Código que de alguma forma freou o processo avassalador do lucro a qualquer custo. É evidente que o mesmo precisa ser atualizado e até mesmo renovado em alguns conceitos, mas o que o deputado Aldo Rebelo está fazendo como relator, patrocinado por partidos como PMDB, PSDB e DEM, é única e exclusivamente beneficiar o latifúndio, os madeireiros ilegais e os grandes proprietários rurais que praticam uma agropecuária ultrapassada e lesiva, em geral implementada as custas da destruição de florestas, da contaminação dos rios, da apropriação de terras públicas, e em muitos casos, com a utilização de trabalho escravo.
A ciência demonstra que a justificativa do deputado, de que o meio ambiente engessa o crescimento do agronegócio, é absurdamente falso, para não dizer tendencioso. Trabalhos recentes coordenados pela USP mostram que a área cultivada no Brasil poderá ser dobrada se as áreas ocupadas pela pecuária de baixa produtividade forem realocadas para o cultivo agrícola. São mais de 61 milhões de hectares de terras, abertas e aptas, para receber uma nova agricultura, contemporânea e tecnológica e que possa compatibilizar a ampliação da produção e a proteção dos recursos naturais.
Alterar o Código Florestal, a mais importante Lei ambiental deste país, e responsável em proteger o rico patrimônio ambiental da sociedade brasileira, em benefício de uma única atividade econômica, é