Codigo de hamurabi
O que importa é qual o fundamento usado e a intensidade da influência que ele tem sobre a sociedade. Um fundamento radical e totalitário, por exemplo, terá conseqüências correspondentes.
Quando ouvimos a palavra “fundamentalista”, normalmente pensamos logo em fanáticos religiosos de diversas tendências. Atualmente, com certeza, a primeira lembrança é dirigida aos muçulmanos radicais. Mas também cristãos e judeus que ainda vivem conforme suas crenças são rapidamente estigmatizados como fundamentalistas. Antigamente era um elogio possuir um fundamento, algo em que se cria e que determinava a vida, mas hoje essa palavra tem uma conotação exclusivamente negativa. Parece que somente na construção civil ainda se pode usar a expressão “fundamento firme” sem ser imediatamente reprovado.
Parece que somente na construção civil ainda se pode usar a expressão “fundamento firme” sem ser imediatamente reprovado.
Analisemos de forma objetiva o que significa ser fundamentalista e qual é a base que o sustenta. Vamos nos limitar às três religiões monoteístas (que crêem em um só Deus): judaísmo, cristianismo e islamismo.
O fundamentalista judeu
O fundamento do judeu que crê é o Antigo Testamento. Além dele, são consideradas fundamentais também outras literaturas antigas, como o Talmude, que contém explicações e interpretações rabínicas. Esse tipo de literatura especial também pode ser encontrado – sem entrar no mérito da questão – no cristianismo e no islamismo.
Será que judeus radicais, que recorrem à violência, podem ao menos invocar o Antigo Testamento como seu fundamento? Não! Essa resposta pode soar surpreendente, afinal, o Antigo Testamento está repleto de relatos de guerras e do extermínio de nações inteiras.