Coco de Roda
O Coco de Roda é dança nordestina muito rica em poesia, ritmo e expressão corporal. Muitos afirmam ser a mesma de Origem afro- ameríndia.
Surgiu na divisa de Alagoas com Pernambuco. A expressão que dá nome a este ritmo nordestino, refere-se a cabeça, “coco”, de onde vem a inspiração das letras. Diz-se que a dança surgiu da necessidade de planar os pisos de barro das casas de antigamente, ou nas comunidades com engenho ou foi criada pelos catadores de coco. A dança também é conhecida com outros nomes como, coco-de-praia, coco-de-embolada, coco-do-sertão, e coco-de-umbigada.
Mesmo sofrendo variações pelas comunidades, a dança é realizada geralmente em círculos ou fileiras nas comemorações das festa populares no litoral e no sertão do nordeste brasileiro. Este ritmo é composto pela cantoria acompanhado de instrumentos regionais, como o coco-de-ganzá e o coco de zambê, além do surdo, pandeiro, triângulo e ganzá.
Não podemos esquecer as sandálias de madeira e o som das palmas, isso não pode faltar para que a festa aconteça com o ritmo completo.
Como em toda as manifestações folclóricas, os elementos étnicos deram a sua contribuição e, nesse entrelaçamento racial o negro deixou no coco a sua marca mais forte. O Coco de Roda é vibrante e impetuoso como todas as danças de negro. Quanto ao ritmo sincopado seguido de passos laterais ora para um lado ora para o outro, são típicos das danças indígenas. O tirador de coco é a pessoa que canta e improvisa os versos no meio do círculo, sendo o refrão cantado pelos outros participantes. As mulheres dançam com saia rodada de tecido estampado em algodão, blusa com babados no decote. Os homens usam calças de tecido em algodão liso, arregaçadas até o meio da canela e camisa de tecido também em algodão, que pode ser de qualquer cor, lisa ou estampada, geralmente de mangas curtas.
Jackson do Pandeiro, por exemplo, um dos artistas mais célebres do Coco, que começou sua carreira acompanhando sua mãe