Coco Alagoano
Em Alagoas, o Coco é denominado pagode ou samba. Ha inúmeras variações nas formas de canta-lo e dança-lo.
Em linhas gerais podemos dizer que as características básicas do Coco alagoano são: o sapateado ou "trupé", que se apresenta em diferentes tipos (sobre os quais nos deteremos mais adiante), a umbigada e a organização espacial do grupo - predominantemente em roda, aos pares, girando em sentido anti-horario. O acompanhamento musical e feito pelo ganzá e/ou pandeiro. O cantador solista ou mestre, situa-se ao centro da roda, onde, balançando o ganzá, "tira" os versos, improvisados ou não, que são respondidos pelo coro constituído pelos dançarinos. Em alguns casos, pode haver ainda a presença de um instrumentista que acompanha o cantador solista tocando pandeiro.
Os estudos de Vilela fornecem um rico manancial das formas de estruturação da poesia do Coco bem como dos modos de canta-lo, não citando os modos de dança-lo. Iremos encontrar em Rocha descrição de modos de dançar o Coco, porem, sem maiores detalhes quanto aos aspectos da forma e qualidade dos movimentos. A leitura destas informações sobre os modos de dançar o Coco "tomaram vida" a partir da observação em campo e das demonstrações feitas por dançarinos mais velhos, de algumas das formas mais antigas, não usadas atualmente.
A poesia do Coco sofreu um processo de grandes transformações ao longo do tempo. Segundo Vilela, a primeira forma da poesia cantada do Coco Alagoano foi o "Coco solto”. Esta denominação, deve-se ao fato de não haver um elemento de ligação entre o verso tirado pelo cantador solista e o refrão respondido pelo coro, havendo apenas uma única estrofe ("solta"). No "Coco solto" ainda encontrado atualmente, a primeira parte da estrofe única é cantada pelo solista e a segunda parte é respondida pelo coro. Posteriormente teria surgido a "amarração". A "amarração" corresponde ao solo do cantador, a parte que apenas ele canta e que serve como ligação entre o verso inicial e