CLÍNICA AMPLIADA
Quando pensamos em uma clínica ampliada, a primeira imagem que nós vem a cabeça é de uma médico, examinando o paciente, fazendo o diagnóstico e prescrevendo o tratamento e ou solicitando exames para confirmar o diagnóstico.
No entanto, fazer clinica é se inclinar sobre algo de modo que todos os profissionais envolvidos no cuidado do indivíduo fazem clínica. Ou seja, fazer clínica vai muito mais além do que apenas o ato prescritivo, ou diagnóstico.
As pessoas são se limitam as expressões das doenças que são portadoras.
Situações do dia dia deste indivíduo, tais como desemprego, solidão, precaridade, outras doenças tais como depressão, a família, o lugar onde mora devem ser consideradas na abordagem de um indíviduo. A abordagem não pode ser centrada na doença e sim no sujeito (pessoa).
O diagnóstico de uma doença (REGULARIDADE, REPETIÇÃO), é apenas uma parte de um princípio universalizante , generalizável a todos (denota uma regularidade e igualdade que nem sempre é verdadeira). O que faz que todas as pessoas com diagnósticos iguais, devem tomar remédios iguais.
O velho ditado: CADA CASO É UM CASO
CLÍNICA ADEQUADA vai além do que o sujeito tem igual, uma boa clínica avalia o que o sujeito tem de diferente (singular).
Os sinais e sintomas também se expressam de forma diferente em cada pessoa.
O grande erro dos profissionais de saúde, é considerar tudo o que não diz respeito a doença de demanda excessiva
A Clínica ampliada apresenta 2 eixos :
• Compreensão do processo saúde doença: Traduz-se num modo diferente de fazer a clínica. “enxergando” o indivíduo de vários aspectos diferentes: patologias orgânicas, correlações de forças na sociedade (econômicas, culturais, étnicas), a situação afetiva, etc., e cada uma delas poderá ser mais ou menos relevante em cada momento, traduzindo-se num modo diferente de fazer a clinica.
• Construção compartilhada de diagnósticos e terapêutica: A complexidade da clínica em alguns momentos