Clinica Peripatética
Clínica Peripatética é do tipo que as consultas são realizadas fora do consultório, em movimento. Essas estratégicas são elaboradas para pessoas que não se adaptam aos protocolos clínicos tradicionais: Toxicômanos, violentos, esquizofrênicos, ou seja, quando o dispositivo psiquiátrico, pedagógico, psicológicos ou psicanalíticos não funcionam adequadamente. Em determinadas ocasiões quem escolhe a localidade é o paciente, assim ele pode se sentir melhor, estando no ambiente que gosta. O setting utilizado por psicanalistas é a montagem, o cenário ou a situação; espaço dentro – fora facilitador da comunicação.
As fontes de inspiração do que denominamos clinica peripatética são muitas e diversas, alguns exemplos são: A internação invertida, onde meninos mais problemáticos eram escolhidos e levados para sítios, casas de praia ou acampamentos para uma pequena reflexão e afeto, onde muitos saíam de lá com um caráter mudado. O tratamento terapêutico, que consiste em transitar pela cidade com pacientes psicóticos ou com alterações psíquicas graves, os objetivos nesse empreendimento a conexão com pessoas, atividades locais, depois do colapso que os surtos provocam. E a Clínica Artesanal, onde pessoas que não se adaptam aos protocolos clínicos tradicionais, então com essas pessoas, o tratamento é realizado em cinemas, ou em qualquer lugar que o paciente preferir. Muitas vezes os cenários mais procurados são os parques, cafeterias, bares e entre outros locais.
Em 1986 foi fundado o Naps, núcleo de atenção psicossocial. À medida que se quebrava a ordem manicomial, ia sendo posta em prática a organização polinomial. Eram agrupados os pacientes nas diversas enfermarias, segundo a sua região de moradia. Os Naps de Santos nasceram dotados de uma alma antimanicomial e com vontade de experimentação. Mais tarde, funcionários do ministério da saúde preferiram adotar o nome de Caps em vez de Naps, ou seja, preferiram centros á núcleos.