saúde mental
Curso: Psicologia
Período: 4º
Professor: Wellington Bessa
Disciplina: Estágio Básico III
Atividade Semi Presencial.
Resenha: Livro – Clínica Peripatética – Capítulos 1 e 2.
Aluna: Elizangela Marques Lacerda
Data: 25/09/2010
O argentino Antônio Lancetti iniciou sua trajetória na psicologia estudando psicanálise. Formou-se em 1975, época de grande efervescência política em seu país. Quando ainda era militante estudantil, começou a ler a obra de Marx ao mesmo tempo em que descobria Sigmund Freud. Embora houvesse grande valorização da psicanálise, surgia no cenário argentino à discussão sobre as práticas de grupo. O psiquiatra Henrique Pichon Rivière tinha vivido há poucos anos uma experiência marcante no campo da intervenção institucional, ao enfrentar uma greve de funcionários num hospital psiquiátrico de mulheres e organizar a instituição contando apenas com as pacientes. O episódio deu origem às discussões sobre os grupos operativos.
Nesse contexto, Lancetti começou a trabalhar em instituições públicas, embora vivesse o conflito de grande parte dos analistas de esquerda de sua geração: “Viver com um pé no consultório particular e outro no serviço público”. No hospital onde trabalhava, atuava com crianças. Como era grande o número de pacientes, os profissionais começaram a reuni-los em grupos, constatando melhoras consideráveis.
Foi nesse clima que veio para o Brasil, onde sua primeira atividade foi à apresentação de um trabalho em um congresso internacional sobre psiquiatria e pediatria, em que questionava a narrativa da psicanálise. Nesse trabalho, abordou o caso de uma criança que havia atendido no hospital argentino. Embora continuasse atendendo em consultório particular, manteve suas atividades voltadas para o serviço público. Foi o primeiro supervisor da Coordenadoria de Saúde Mental do Estado, na administração Franco Montoro. Foi professor do Instituto Sedes