Clientelismo
Historicamente, além da formação cultural e religiosa cristã, o Brasil também possui formação social política centralizadora, patriarcal enraizada na herança portuguesa cujos vínculos mantidos entre o poder local e o poder central eram estabelecidos de acordo com o nível de influência patriarcal, religiosa e econômica, obtidas através de manipulação, dependência econômica, trocas de favores e privilégios. É o chamado clientelismo. Uma exploração comercial e política característica do Brasil na qual as partes envolvidas (políticos e governo) sempre ganham, e, portanto, confundem patrimônio pessoal com patrimônio público. A realidade é que se tem hoje um governo autoritário e opressor análogo à política do café com leite, em que currais eleitorais se organizam em grupos políticos, para satisfazer e controlar uma grande quantidade de eleitores semianalfabetos e carentes, às margens da representação pública, em retribuição aos privilégios dados através do voto. Como referência: as grandes obras assistenciais do governo e suas políticas assistencialistas de ordem pública. A população permite que o governo permaneça no poder a fim de que também não percam seus privilégios sociais. Uma condição de fidelidade que vem da própria formação do Estado. Além disso, esta sociedade se identifica com a personificação do governo através do representante eleito e deposita nele suas esperanças, acreditando ser este o melhor caminho para a formação de uma nação satisfeita. O fator novo das políticas públicas sociais atuais está no acesso aos bens de consumo que se mistura com o conceito de cidadania ao vitimar o cidadão carente particularizando as questões sociais e empobrecer a democracia no país. Prova deste clientelismo desenfreado são as questões políticas entre o poder Legislativo, órgão encarregado de formular as leis e fiscalizar atos e políticas públicas atualmente reduzidas à condição de ratificar decisões tomadas pelo poder Executivo, numa clara