CLIENTELISMO
O clientelismo era um sub-sistema de relação política, com uma pessoa recebendo de outra a proteção em troca do apoio político.
O clientelismo nada tem em comum com o coronelismo, nem se reedita relação análoga àquela entre suserano e vassalo do Sistema Feudal. O coronelismo foi definido como um compromisso entre o poder central e as aristocracias estaduais para garantir governabilidade de 1898 a 1930. O feudalismo é sistema de produção datado até o advento do Estado moderno.
O que caracteriza o clientelismo é o sistema de troca.Como nota característica o cliente fica em total submissão ao patrão, independentemente de com este possuir qualquer relação familiar, empregatícia ou qualquer outra.No Brasil e em alguns países da América Latina, suas raízes remontam às origens patriarcais destas sociedades.
A terminologia tem sua origem provavelmente em Roma.
Desenvolvimento social
O clientelismo é uma ferramenta utilizada para enfraquecer o capital social e humano de uma determinada localidade, ou de uma nação por inteiro. Ao se privilegiar a obtenção de benefícios oriundos de entes externos a uma localidade, ocorre o enfraquecimento das relações horizontais, homem a homem; cidadão a cidadão, diminuindo a capacidade de colaboração destes indivíduos e ampliando a competição por mais recursos exógenos, e que não geram riquezas locais. Este processo gera um círculo vicioso que ao longo do tempo é capaz de desmobilizar completamente uma comunidade .
Por isso, e segundo Augusto de Franco, o clientelismo busca manter a verticalização da esfera pública e "modos de regulação autocráticos", dificultando a democratização da sociedade. Franco acrescenta ainda que da maneira os programas de combate a pobreza são desenhados, não faz com que se diminua a pobreza, pois alimenta "continuamente a cadeia vertical de subordinações e favores pela qual se exerce o clientelismo".