Clientelismo e instituiçoes
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A principal proposição da teoria de Douglas North é que as instituições se formam com diferentes graus de eficiência de sociedade para sociedade, promovendo a cooperação entre os agentes (pessoas, empresas, estado etc.). No caso do Brasil, explica Ribeiro, a instituição é formada excepcionalmente por três matrizes: Afro, Lusa e Tupi. Desde a colonização, essas matrizes enraizaram suas características em um só povo que ainda havia de nascer, o brasileiro. Essas matrizes tinham como características fortes “A cobiça, a luxúria e o Romantismo” (Prado): os portugueses, além de desejar incontrolavelmente sexo e ouro, agiam em busca de enriquecer o mais rápido possível e de se divertir. Os índios só “trabalhavam” quando era realmente preciso, o lazer era supervalorizado e, somado à malandragem, esses fatores criaram o “jeitinho brasileiro”. Com essa miscigenação, o brasileiro cria instituições frágeis e faltam leis eficientes e igualitárias, contradizendo a legislação, segundo a qual “todos somos iguais perante a lei”.
O clientelismo no Brasil é muito visível, onde favores ultrapassam as leis e o hábito de tirar vantagens sobre outros até no relacionamento com outras pessoas é comum, como um cargo público conseguido sem merecimento porque o privilegiado conhece a pessoa que escolhe quem ocupará o cargo. Primeiramente, pode não ser um problema grave, mas, após uma observação ampla, veremos que isso enfraquece cada vez mais a credibilidade e as instituições em si. Essas consequências são fruto da cobiça lusa pelo ouro a qualquer preço, da malandragem e da luxúria. Essa característica do clientelismo é tão marcante que acabou gerando uma sociedade conformista, onde o povo acaba aceitando essas atitudes por não acreditar mais que o Brasil pode mudar, que esse clientelismo irá se dizimar. Nessas condições onde a corrupção acaba “fazendo parte” da matriz brasileira, a democracia é colocada em cheque.
Aos que não são da elite e não conseguem tirar proveito de “contatos” para