Cirque du Soleil
Segundo Hamel e Prahalad (1999), a intenção estratégica se caracteriza como o sonho que energiza e oferece a força emocional e intelectual para continuidade da jornada da empresa. Assim, por mais que no início a falta de recursos aponte para a necessidade de equilibrar e ajustar os recursos da empresa com as oportunidades emergentes, a intenção estratégica aponta para um desequilíbrio entre os recursos e aspirações.
Entretanto, para a obtenção do sucesso da intenção estratégica de uma organização é necessário conseguir sucesso na transformação do sonho em realidade, algo que vai exigir dos funcionários o conhecimento exato de quão importante é sua contribuição para se chegar a essa realidade, de forma que tanto a organização precisa achar seu objetivo propulsor como também é necessário que os funcionários entendam como se estabelece a conexão entre seu próprio trabalho e a concretização das metas (Hamel & Prahalad, 1999). O objetivo da intenção estratégica é colocar o futuro dentro do presente, buscando entender o que é possível fazer de diferente em um ano para se aproximar ainda mais dessa intenção, ao invés de entender apenas o que será diferente nos anos posteriores. Assim, é mediante a articulação e a realização da intenção estratégica que se obtém uma vantagem competitiva em longo-prazo.
Portanto, por meio da intenção estratégica pode existir também a possibilidade de combater o que Freedman e Tregoe (2003) chamam de “curto-termismo” (short-termism), o qual ocorre quando não existe um propósito central que consiga agrupar empregados, funções e unidades de negócios, permitindo-se também que os recursos sejam alocados de forma aleatória, que as mensurações sejam negligenciadas e, assim, comprometendo-se o futuro da organização. É, portanto, um processo que gera um vácuo na organização, seja devido ao enfraquecimento ou mesmo devido à ausência da visão.
Hamel e Prahalad (1989), afirmam, então,