Ciencias e saber
A curiosidade leva o homem à observação de fenômenos e objetivos, assim formando uma imagem mais ou menos definida do objeto da observação. Isso é a geração de conhecimento, essa apreensão de informações pela articulação do sujeito, objeto e imagem é a base para que, posteriormente, essas informações sejam comparadas e relacionadas para que seja possível uma generalização das próprias. Esse conhecimento obtido da realidade objetiva altera-la, e esse domínio sobre a realidade que permite transforma-la também cria necessidades, que serão atendidas com a geração de mais conhecimento. Sendo a realidade ampla demais para ser estudada, limita-se cada estudo a um objeto específico, de modo que a observação (a filtragem de informações pertinentes) seja o ponto de partida desse estudo e também o meio de verificar e validar novos conhecimentos. O conhecimento, como compreensão da realidade gerada pela confrontação com a realidade, é efêmero, sendo constantemente revisto, atualizado e suplantado. Também é individual, posto que a imagem confrontada com a realidade é fruto da concepção individual do sujeito, e ainda é apenas provável. O saber é a difusão metódica dos conhecimentos organizados, e se caracteriza por ser coletivo, depender de transmissão formal e manifestar-se nos grupos sociais. Embora a sistematização do conhecimento gere o saber, os interesses de determinadas classes sociais em um momento histórico definem quais conhecimentos serão transformados em saber. O modo de produção e de incorporação do conhecimento definem sua natureza, que se distinguem pelo grau de sistematicidade, exatidão e subjetividade. Essas naturezas do conhecimento são: -conhecimento teológico, que tem como fundamento uma entidade divina e aceita dogmas de fé; não é comprovável, é valorativo, não é terreno, é sistemático. -conhecimento filosófico, produto da razão, por idéias e articulações entre relações lógicas, busca