Ciencia politica
Da integração à inclusão escolar: cruzando perspectivas e conceitos
Isabel Sanches* & António Teodoro**
Palavras-chave: Educação especial, necessidades educativas especiais, inclusão escolar, educação indusiva.
A partir dos anos 1960, novos conceitos e práticas começaram a ser introduzidos no âmbito das respostas educativas a dar às crianças e jovens em situação de deficiência. A grande mobilidade das pessoas, o alargamento da escolaridade obrigatória e a consequente diversificação dos seus públicos trouxeram para a discussão educativa o papel e as funções da escola. Da procura de respostas para as situações de deficiência à necessidade de promover o sucesso para todos os alunos da escola, um longo e difícil caminho está a ser percorrido, com perspectivas e tomadas de posição algo controversas. Para que as palavras/expressões não sejam usadas aleatoriamente ou despidas do significado que esteve na origem da sua utilização educativa, procedeuse aqui à sua definição e contextualização, segundo as perspectivas divulgadas mais recentemente.
Co-coordenadora dos cursos de Educação Especial da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias; isabel.sanches@oninetspeed. pt
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Director da Unidade de Investigação e Desenvolvimento “Observatório de Políticas de Educação e de Contextos Educativos”. a.teodoro@netvisao.pt
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Revista Lusófona de Educação, 8, 2006
A Inclusão é uma questão de Direitos Humanos (Center of Studies of Inclusive Education, s/d)
Em meados do século XX (anos 60), com origem na Europa, nos países nórdicos, aposta-se na escolarização das crianças em situação de deficiência sensorial no sistema regular de ensino, iniciando-se, assim, o movimento da integração escolar. Os países que aderiram a este movimento colocaram as suas crianças e jovens em situação de deficiência nas classes regulares, acompanhados por professores de ensino especial, previamente formados para isso. Este