cidades e ciclovias
O conteúdo do artigo “Ciclistas por toda parte” publicado na Tribuna de Minas de 13-11-2013, da autoria de José Márcio “Garotinho”, pode ser uma tênue luz no fim de um túnel. De fato não são poucos os que pensam como ilustre edil, que nos deixa escapar que “ainda não fora fisgado pela prática do ciclismo”. Tem toda razão, afinal só mesmo os loucos têm coragem de enfrentar o tráfego pesado das ruas usando bicicletas seja “por amor, profissão, ou mesmo necessidade”.
Em pesquisas de pós-graduação, esboçamos ensaios sobre um plano cicloviário para Juiz de Fora. Nunca tivemos dúvida quanto à viabilidade desse projeto, principalmente, por acreditar que a bicicleta é um modo de transporte, e isto tem se confirmado em inúmeras cidades do mundo, principalmente na Europa. É simples, se isto é realidade em outros países, que razões podem impedir que o mesmo ocorra aqui.
Países do terceiro mundo como o Brasil são na atualidade o filão de ouro das empresas automobilísticas mundiais, sobretudo em razão da retração das vendas nos países desenvolvidos, os quais, relegaram o automóvel a segundo plano ,com o objetivo de melhorar a qualidade de vida nas cidades em que vivem. Já os países pobres e ou emergentes, necessitam a todo custo despejar automóveis nas ruas. Tal medida é de fundamental importância para manter a economia aquecida e evitar o desemprego em massa, daí a concessão dos incentivos fiscais que tem por objetivo aumentar as vendas, resultando no comprometimento cada vez maior da mobilidade urbana.
Esse é o momento. Custe o que custar, as cidades necessitam com urgência investir em modernos sistemas de transporte público. Mudar a lógica dos deslocamentos nas cidades, o que inclui a inadiável construção de ciclovias e ampliação das vias dos pedestres, o que inclui calçadas mais largas e calçadões bem urbanizados, para que o automóvel que todos, ainda que um direito da sociedade, seja um meio de locomoção para as situações especiais, como: